Mayara Amorim é Jornalista e natural do Rio Grande do Norte (Brasil). Chegou em Dublin em 2012 e desde então busca ajudar outros que assim como ela desejam realizar o sonho de viver em outro país e aprender um novo idioma. O caminho surgiu naturalmente. Primeiro o blog contanto as aventuras vividas, depois vídeos e agora (em 1014) trabalhando com apoio aos intercambistas. Se você sonha em vir a para a Ilha de Esmeralda ou já mora aqui, o nosso desejo é de que: sejam todos bem-vindos à Irlanda!
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Conheça a Diceys com o rei! hehehehe
Se você é brasileiro e mora ou gostaria de morar em Dublin, certamente, já ouviu falar na Diceys! Toda terça o local ta recheado de gente do mundo todo e também muuuuuuuuuitos brazucas! Aproveitando a onda do "rei do camarote", conheça a Diceys com o "Rei da Diceys e os seus 10 mandamentos":
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Eu tô voltando pra casa... Espero que não seja de vez!
O relógio marca meia noite (no momento que estou a escrever)
em Dublin. Amanhã embarco de volta ao Brasil. Um ano se passou voando. E foram
(são) muitas emoções: novos amigos, amores, lugares, sabores, cheiros, cores,
climas, personalidades, pessoas, casas, hábitos, etc.
Se foi fácil? Sim e não. Desejei tanto viver isso que acaba
sendo um pouco mais simples fazer coisas que não são tão boas. Mas não se
engane: intercâmbio é algo que meche muito com seu psicológico. Se você não
tiver realmente ‘a fim’ disso vai ser mais complicado viver. Fora que é muito
caro também!
Aqui, vivi os melhores momentos de minha vida. Sem querer
diminuir os demais. Mas o misto de emoções, nos mais variados momentos, torna o
que sentimos maior do que o normal. Também sofri decepções. Tive alguns
momentos ruis e de dúvida sobre “o que eu tô fazendo aqui mesmo? Vou pra
casa...” Mas sem dúvida cada um desses “momentos ruins” me fez mais forte.
Agora vou viver mais uma etapa e que por um pouco de falta
de sorte e um pouco de irresponsabilidade minha se tornarão mais difíceis. Me matriculei
esse ano na Success College (escola aqui de Dublin) e eles estão “impedidos de
conceder vistos” aqui. Tive que entrar com um processo para solicitar a minha
renovação e não recebi resposta ainda (vou ao Brasil sem renovar meu visto e
voltarei com ele vencido).
Também tive alguns problemas durante o ano que me afastaram
das aulas por um período (precisamos de 85% de presença para renovar o visto) e
isso vai complicar a minha presença em Dublin em 2014.
O que eu vou fazer? Não sei. Me matriculei em uma nova
escola. Estou juntando o máximo de dinheiro que posso e agora vou esperar. No
máximo volto para casa se “tudo der errado”. Espero que isso não aconteça. 1º
por que um ano é pouco para se alcançar um nível realmente bom em inglês. 2º
por que a minha vida vive aqui agora. Não sei se será para sempre, mas o meu
coração agora bate aqui em Dublin também.
Espero poder escrever em breve um final feliz para quem
acompanha a minha saga. Esse texto pode não ser dos melhores. Mas sem dúvidas
foi o mais cheio de sentimentos desse blog. Torçam por mim. Obrigada!
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Lista de escolas em Dublin
O tempo todo recebo e-mails e mensagens me pedindo indicação de escolas. Encontrei essa lista e vou compartilhar com vocês. Espero que ajude: Escolas de inglês em Dublin
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Maior empresa de intercâmbios na Irlanda (brasileira) fecha e deixa centenas de brasileiros no prejuízo
Uma empresa falir é normal. Acontece em todo canto... Mas o dono sumir, deixando funcionários sem receber, centenas de pessoas sem respostas e um rombo tão grande que ninguém consegue mensurar... Isso é complicado de entender.
Na semana passada a maior empresa de intercâmbio para brasileiros (BFA Intercâmbio) fechou as portas. Um dia antes do anúncio tudo parecia normal (funcionários trabalhando, pacotes sendo fechados, promoções ativas, empresas sendo solicitadas para serviços, etc). Até que simplesmente o "dono da agência" liga e avisa que deu errado e tudo acabou. Sim, isso é estranho. Para entendermos melhor vai o link do G1.
Também aproveito para passar o link de um vídeo de um fofinho que mora aqui em Dublin e sempre passa ideias bem bacanas nos vídeos. Se você pensa em vir para a Irlanda não entra em desespero. Segura sua grana, busque informações que no fim vai dar certo. Se você foi vítima desse "golpe" te desejo sorte na busca pela recuperação da grana e sonhos. Valeu galerinha!
Respondendo dúvidas dos leitores e quem quer vir morar em Dublin
Nesse vídeo tento responder dúvidas dos leitores que entraram em contato. Espero ter respondido o que me perguntaram e que isso ajude outras pessoas.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
10 coisas que você vai ver aqui na Irlanda
10 coisas que você viu aqui na Irlanda ou vai ver quando chegar aqui. Assiste que acho que pode ajudar!
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Minha vida tem trilha sonora. Agora estou ao som da banda Kodaline
Não sei como você é... Mas eu, sou movida a música. Tudo e todo tempo tenho trilhas sonoras que me guiam. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, sempre, até que a morte nos separe. Um verdadeiro casamento entre minha vida e a música. Aqui na Irlanda tenho começado novos amores musicais. Entre tantas novas descobertas posso assumir a minha grande paixão (no momento) pela banda Kodaline.
Tudo começou quando comecei a acompanhar o top 10 da FM 104 aqui em Dublin para pegar as letras das músicas e assim melhorar meu inglês. E foi lá no TOP 10 que conheci a banda Kodaline. Mais precisamente nos clipes:
High Hopes
All I want
Já existia uma paquera entre nós dois (eu e a banda) até que um certo dia meu namorado resolveu ajudar esse romance... Ele me levou a um evento privado de apenas 150 convidados (não era possível comprar bilhetes. Era um show apenas para convidados) promovidos pela NOKIA IRELAND.
A empresa realizou o show da banda (click aqui e veja) para gravar um clipe utilizando o novo celular NOKIA LUMIA.
Foi uma noite mágica. Ouvir a banda cantando as músicas que eu já sabia de "có e salteado" e amava, abraçada com meu amor e descobrindo que além de talentosos os meninos da banda Kodaline são super simples, lindos, agradáveis, amigáveis e super afinados. Foi lindo!
Para ficar ainda melhor esse dia especial ficou imortalizado em um clipe muito bacana onde eu e meu amor aparecemos... Vocês podem me vê em frente a banda no momento que eles chegam ao local aberto (estou de blusa vermelha bem em frente a banda).
Se apaixonem também por Kodaline e confiram o resultado do clipe onde euzinha estou presente :)
"Print" de alguns momentos que "apareço" no clipe:
Fotos da NOKIA IRELAND
Tudo começou quando comecei a acompanhar o top 10 da FM 104 aqui em Dublin para pegar as letras das músicas e assim melhorar meu inglês. E foi lá no TOP 10 que conheci a banda Kodaline. Mais precisamente nos clipes:
High Hopes
All I want
Já existia uma paquera entre nós dois (eu e a banda) até que um certo dia meu namorado resolveu ajudar esse romance... Ele me levou a um evento privado de apenas 150 convidados (não era possível comprar bilhetes. Era um show apenas para convidados) promovidos pela NOKIA IRELAND.
A empresa realizou o show da banda (click aqui e veja) para gravar um clipe utilizando o novo celular NOKIA LUMIA.
Foi uma noite mágica. Ouvir a banda cantando as músicas que eu já sabia de "có e salteado" e amava, abraçada com meu amor e descobrindo que além de talentosos os meninos da banda Kodaline são super simples, lindos, agradáveis, amigáveis e super afinados. Foi lindo!
Para ficar ainda melhor esse dia especial ficou imortalizado em um clipe muito bacana onde eu e meu amor aparecemos... Vocês podem me vê em frente a banda no momento que eles chegam ao local aberto (estou de blusa vermelha bem em frente a banda).
Se apaixonem também por Kodaline e confiram o resultado do clipe onde euzinha estou presente :)
"Print" de alguns momentos que "apareço" no clipe:
Fotos da NOKIA IRELAND
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Viagem na Europa: opção de hospedagem
Tenho encontrado muitas dicas bacanas para viagens. Vou passar a dividir todas com vocês aqui. Dessa vez a Bianca Vieira fofamente dividiu o "achado" dela no facebook e corri para dividir a dica com vocês.
Se trata do site www.airbnb.com. Nele você pode encontrar quartos em "casas de família" para alugar temporareamente, ou mesmo apartamentos e outros imóveis que normalmente não encontramos para apenas um fim de semana.
São muuuuuuuitas opções de locações aqui na Europa. Se a viagem for em grupo as pesquisas ficam ainda mais interessantes. Não perca tempo e salve logo essa dica aos prediletos do seu computador.
Boa sorte e até a próxima viagem.
Se trata do site www.airbnb.com. Nele você pode encontrar quartos em "casas de família" para alugar temporareamente, ou mesmo apartamentos e outros imóveis que normalmente não encontramos para apenas um fim de semana.
São muuuuuuuitas opções de locações aqui na Europa. Se a viagem for em grupo as pesquisas ficam ainda mais interessantes. Não perca tempo e salve logo essa dica aos prediletos do seu computador.
Boa sorte e até a próxima viagem.
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Dicas: O que trazer na mala para o intercâmbio?
Há muito tempo que prometi um vídeo falando o que trazer na mala. Essa dúvida perturba "11 em cada 10" intercâmbistas e sempre recebo mensagens perguntando o que trazer. Então resolvir gravar um vídeo rapidinho com algumas dicas. Espero que ajude:
ps: Vale a pena lembrar a todos de trazer remédios (já que aqui a maioria dos remédios de uso oral são vendidos apenas com receita) e tudo mais que possa precisar aqui (só ficar atento para não passar da quantidade de bagagem - mas enquanto for possível trazer, traga. Faça de tudo para não precisar gastar nem tão cedo)! ;)
Postagem que podem ajudar: O que trazer na mala para a Europa
ps: Vale a pena lembrar a todos de trazer remédios (já que aqui a maioria dos remédios de uso oral são vendidos apenas com receita) e tudo mais que possa precisar aqui (só ficar atento para não passar da quantidade de bagagem - mas enquanto for possível trazer, traga. Faça de tudo para não precisar gastar nem tão cedo)! ;)
Postagem que podem ajudar: O que trazer na mala para a Europa
Restituição de impostos de trabalho na Irlanda
Estava eu "passeando" por um grupo no facebook chamado "Classificados Dublin" quando dou de cara com a postagem do fofo do Leandro Guimarães que pode ajudar muita gente que vive aqui pela Irlanda. O texto explica (e mostra imagem para reforçar) como fazer para receber as taxas e impostos que o Governo retira do trabalhador aqui na Irlanda. O processo parece ser muito simples. Acompanhe:
ATENÇÃO IMPORTANTE!!
SOMENTE aos que trabalharam com registro no Tax Office.
Todos os anos muita gente não solicita ao Tax Office a devolução do imposto retido ou do imposto emergencial que É RETORNÁVEL!!
O governo somente devolve o dinheiro se o requerimento for feito com o formulário do P21, caso o contrário ele fica com o seu dinheiro!!
Pelos meus cálculos, eu receberia 37 euros, referente ao ano de 2012, mas para minha surpresa caiu 231 euros na minha conta. O meu flatmate achou que não teria nada a receber e caiu o valor de 55 euros em sua conta como devolução de imposto.
No meu primeiro ano, cheguei a receber 900 euros de retorno de tax!!
Se não houvéssemos solicitado o P21, isso ficaria para o governo!! Muita gente não faz o requerimento pois fica achando que não tem nada a receber, por preguiça ou por falta de informação!!
O que precisa para fazer o requerimento?
- Preencher o formulário do P21 (formulário abaixo) que pode ser retirado no tax office.
- Cópia do P60 referente ao ano de 2012.
- Tire a cópia do P45 (se houver algum), guarde, anexe o P45 original ao formulário preenchido.
- Jogue no box que tem na recepção do tax office (ao lado do Burger King da O'Connel st.)
Em até duas semanas você deve receber o valor depositado na sua conta, ou um cheque do Tax Office no endereço que foi informado no formulário!
Não sei qual o critério que eles usam para se depositar ou mandar cheque!
Caso você não tenha nada a receber você receberá uma correspondência de qualquer forma do Tax office!
Isso tem que ser de LEI, todo começo de ano depois do dia primeiro de Janeiro o requerimento do P21 precisa ser feito!!
A quem for começar a trabalhar este ano pela primeira vez, em 2014 aplique o P21 referente ao ano de 2013!!
Não percam essa grana que pode ser de muita ajuda.
Se você trabalha na Irlanda, não perde de entrar com esse processo sempre no início do ano (referênte ao ano anterior trabalhado).
Mais uma vez: Obrigada Leandro por sua atenção com os irmãos brasileiros. ;)
ATENÇÃO IMPORTANTE!!
SOMENTE aos que trabalharam com registro no Tax Office.
Todos os anos muita gente não solicita ao Tax Office a devolução do imposto retido ou do imposto emergencial que É RETORNÁVEL!!
O governo somente devolve o dinheiro se o requerimento for feito com o formulário do P21, caso o contrário ele fica com o seu dinheiro!!
Pelos meus cálculos, eu receberia 37 euros, referente ao ano de 2012, mas para minha surpresa caiu 231 euros na minha conta. O meu flatmate achou que não teria nada a receber e caiu o valor de 55 euros em sua conta como devolução de imposto.
No meu primeiro ano, cheguei a receber 900 euros de retorno de tax!!
Se não houvéssemos solicitado o P21, isso ficaria para o governo!! Muita gente não faz o requerimento pois fica achando que não tem nada a receber, por preguiça ou por falta de informação!!
O que precisa para fazer o requerimento?
- Preencher o formulário do P21 (formulário abaixo) que pode ser retirado no tax office.
- Cópia do P60 referente ao ano de 2012.
- Tire a cópia do P45 (se houver algum), guarde, anexe o P45 original ao formulário preenchido.
- Jogue no box que tem na recepção do tax office (ao lado do Burger King da O'Connel st.)
Em até duas semanas você deve receber o valor depositado na sua conta, ou um cheque do Tax Office no endereço que foi informado no formulário!
Não sei qual o critério que eles usam para se depositar ou mandar cheque!
Caso você não tenha nada a receber você receberá uma correspondência de qualquer forma do Tax office!
Isso tem que ser de LEI, todo começo de ano depois do dia primeiro de Janeiro o requerimento do P21 precisa ser feito!!
A quem for começar a trabalhar este ano pela primeira vez, em 2014 aplique o P21 referente ao ano de 2013!!
Não percam essa grana que pode ser de muita ajuda.
Se você trabalha na Irlanda, não perde de entrar com esse processo sempre no início do ano (referênte ao ano anterior trabalhado).
Mais uma vez: Obrigada Leandro por sua atenção com os irmãos brasileiros. ;)
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Eu acredito em sonhos
Você já teve um sonho? Daqueles que começa quando é
pequeninho e crescemos com ele, sempre tentando adaptar a tudo o que vivemos...
O meu sonho sempre foi ser fluente em vários idiomas. Quando criança ficava
tentando imitar o sotaque das atrizes de cinema que falavam inglês. Na adolescência
comecei a cantar para “decorar” músicas em inglês. Ao me tornar adulta lutei
muito para conseguir vir realizar meu sonho de morar fora do país e aprender outro
idioma.
Sei que para muita gente pode parecer besteira. Sei também
que para muitos que possuem condições financeiras melhores que a minha e que
podem tentar outra vez também pode parecer exagero. Mas chegar onde cheguei
(morar fora por quase um ano), melhorar muito o meu inglês (porém não ser
fluente) e ter que voltar ao Brasil por falta de grana, para mim, está sendo a
coisa mais complicada que já vivi nesta vida.
Além do meu grande sonho, encontrei em Dublin um amor muito
maior do que eu poderia pensar que existisse. Estou me relacionando com um
irlandês há 6 meses e pelo que estamos vendo estaremos juntos por muitos e
muitos anos. Mas em vez de me deixar tranquila, esse é outro ponto que me
coloca a temer. Não quero que problemas financeiros destruam um relacionamento
único com o que encontrei. Mas também não quero nem explorar ele e nem o deixar
para ir morar no Brasil...
Em minha vida já passei por momentos tristes, complicados,
decisivos, etc. Mas agora estou pensando em largar meu sonho e um amor por
falta de dinheiro. A crise na Europa dificulta muito a busca por trabalho.
Unindo isso a burocracias para vistos, fica quase impossível. Se fosse possível
voltar atrás eu faria várias coisas diferentes em meu intercâmbio: gastaria
menos ao chegar, teria buscado uma vaga coletiva e a mais barata possível,
teria aguentado mais os trabalho que consegui, começado logo como au pair, teria
baixado mais a cabeça e olhado mais a diante, etc.
Agora é tarde para olhar para o passado. Mas nunca é tarde
para buscar um futuro. Estou na luta. Batalhando dia a dia por um motivo de
esperanças. Não sei o que devo fazer para continuar aqui em 2014. Uma coisa é
certa: não quero passar a perna em ninguém e nem explorar minha família para
isso. Se existe alguém que precisa resolver minha vida “esse cara sou eu”. Me
desejem boa sorte e até a próxima viagem.
sexta-feira, 28 de junho de 2013
Ponte de cordas nas ilhas Carrickarade (Irlanda do Norte)
Te convido a acompanhar neste vídeo o nosso passeio para conhecer a Ponte de cordas nas ilhas Carrickarade, condado de Antrim, na Irlanda do Norte. A ponte de cordas foi construída pelos pescadores de salmão que a usavam entre os meses de maio e setembro e tornou-se um popular ponto turístico dessa região. Ela fica em uma área afastada de Belfast e por isso o ideal é ir acompanhado por guias ou em grupos de excursão. Mas a visão vale a pena, vamos lá conhecer!
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Entre o fim e o recomeço
Dizer adeus nunca foi fácil.
Ainda mais depois de se viver muito. Depois de se construir laços, amores,
amizades que sabemos que serão duradouras e, especialmente, é complicado dizer
adeus depois de crescermos tanto em tão pouco tempo. Acho que esse crescimento
é o que nos faz sentir tão “enraizados” em terras que há pouco tempo nem
faríamos tanta questão de perdurar... Para quem achava que a saudade do início
da viagem que batia tão dolorosa no peito era a pior coisa: saiba que a dor da
partida pode superar todos os outros sentimentos! Até porque a nossa família
nunca nos deixará por mais longe que esteja. É algo que contaremos sempre. Estejamos
onde estivermos.
O que nos perturba são muitas
coisas: Insegurança sobre nosso futuro (já que por mais avançado que esteja o
inglês, um ano é pouco para quem deseja a fluência), medo de começar um futuro tão
diferente do nosso costume que nos deixa totalmente sem plano e rumo e
desespero de perder as possíveis oportunidades que o “primeiro mundo” pode
oferecer. Mas como diz o ditado popular: Na vida nos acostumamos com tudo. E
isso também vale para as despedidas.
Primeiro estou me despedindo de
amigos que marcaram minha vida e viagens. Pessoas que por mais distante que sei
que vão viver, sempre terão um espaço em minha casa (seja ela onde for) e
contatos virtuais para trocarmos informações e novidades. Pessoas como meus amigos Fernanda (ao meu lado na foto), Carlos e Paty (os dois últimos do lado direito) de quem já comecei a me despedir há um mês e que ainda terei
outras reuniões de confraternização e despedida (tudo é desculpa para festa). Na
casa onde moro também já iniciamos um novo ciclo, com chegadas e saídas. Alguns
amigos também já partiram. Outro decidiram que vão ficar mais um pouco, como
minha amiga-irmã Karina. A esses desejo só coisas boas e muita sorte!
Mas existe gente de quem não
temos como nos despedir. Como deixar um amor? Eu ainda não sei. Quando
descobrir conto a vocês. Estou procurando como resolver isso, mas não estou
encontrando saída. Preciso ir ao Brasil para o casamento da minha irmã e a
formatura do meu irmão (em Medicina). Mas se eu for não terei grana para voltar
e fazer tudo outra vez (até porque são muitos gastos: visto, escola, aluguel,
depósitos, etc). Se eu for terei que deixar aqui a pessoa que passei a minha
vida toda procurando. Se eu não for temo perder um momento muito importante da
vida das pessoas que mais amo e por algo “incerto”.
A vida aqui não é fácil. O
trabalho pesado é pesado mesmo. Você precisa render as horas trabalhadas e
pagas. Estudamos tanto para ter uma vida um pouco mais confortável e aí ter que
enfrentar essa vida dura não é algo que esteja em nossos planos de futuro. Ao mesmo
tempo temos muito mais conforto e qualidade de vida por conta da segurança, do
clima, das viagens e tudo mais que a vida na Europa pode nos proporcionar. Como
todas as outras vezes que postei aqui, acho que só quem vive isso sabe mesmo o
que é o momento. Talvez nem quem viva o momento saiba (acho que ainda nem sei o
que estou vivendo). Mas seja qual for o fim sei que será bom, porque se ainda
não deu certo é porque ainda não chegou ao fim.
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Socorro: fui furtada (roubada) fora do Brasil. E agora?!?!?!
Eu fui furtada há algumas semanas (infelizmente). Tinha acabado de fazer uma viagem para a Irlanda do Norte (outro país) e guardei meu passaporte e visto na bolsa. Ao voltar fui a um pub com amigos (o lugar mais parecia um restaurante. Era vago e estávamos sentados à mesa no terceiro andar do prédio. Isso por volta das 20h). O ladrão aproveitou o momento que tirávamos uma foto para pegar a minha bolsa que estava entre a parede e eu.
Na foto vocês podem conferir o homem atrás de mim abaixado. |
Na luta pelos meus documentos perdido encontrei alguns links bem interessantes. O mais completo que achei foi o Manual do viajante onde você encontra tudo organizadamente. Muito bom mesmo. Vale a pena clicar e conferir.
Também encontrei o link irlandês lost.ie onde é possível deixar seu anúncio e também procurar informação de bolsas, carteiras e documentos encontrados.
A embaixada brasileira em Dublin também anuncia nomes dos documentos entregues lá (a pessoa tem até 90 dias para pegar pessoalmente seu documento. Depois, os documentos são enviados ao Brasil).
Além desses lugares, aqui na Irlanda, você pode procurar o POST OFFICER da Oconnel Street e a Garda (polícia local) e pedir informação sobre documento encontrados.
Os brasileiros também contam com a informação boca a boca que é rapidamente vista na comunidade do facebook: Classificados em Dublin.
A má notícia é: se não acharem sua GNIB, mesmo com o registro do furto, você deverá pagar mais 300 euros para retirar outro cartão de visto. Caso não queira, terá complicações para viagens internacionais e não conseguirá fazer nenhuma atualização do seu cadastro na imigração.
A garda na Irlanda realmente trabalha. Após 3 dias do furto que sofri fui encaminhada para um investigador que conseguiu identificar o ladrão. Mas, infelizmente, ele ainda não foi preso. Espero que esse meu final seja mais feliz. E claro que venho aqui contar a vocês!!!
:)
terça-feira, 21 de maio de 2013
Irlanda: meu caso de amor
Foto: No jardim do Malahide Castel |
Sabe quando você é
criança e sua mãe, tias e conhecidos mais velhos dizem “estude menino (a) ou
você vai se arrepender depois”, ou quando você acaba o seu primeiro namorinho e
sempre tem aquele que fala “vai passar. Um dia você vai rir desse momento”... Com
o intercâmbio a sensação é parecida: só vivendo para entender. Por mais que se
tente explicar o que é viver fora de seu país, se arriscar sozinha a desbravar
o mundo, só quem vive essa experiência pode de verdade saber o real sentido
desse momento. Sem contar que cada coração sente de maneiras e intensidades
diferentes os momentos vividos.
Mas acredito que
todos os intercambistas pensam igual em um ponto: vale muito a pena essa
experiência. Em meu coração sinto como se esse momento que estou vivendo em
Dublin fosse um divisor de águas em minha vida. Como se depois daqui fosse
realmente possível começar uma vida: carreira, amores, família, etc. Costumo
dizer que o aprendizado é tanto que o inglês é secundário diante de tantos
ensinamentos. E se você também planeja vir para cá, vou tentar descrever um
pouco do que acredito ser a Irlanda após seis meses de “relacionamento”.
Foto: Pub dentro da maior universidade do país - Trinity |
Foto: Pode-se achar de tudo um pouco em brechó |
Foto: Na Irlanda todo dia é carnaval |
Meu plano no momento é desbravar toda a
Irlanda. A parte Norte já conheço melhor que muito irlandês (Incluindo a
Irlanda do Norte) e também boa porcentagem de pontos turísticos da capital
irlandesa. Agora meu destino é a parte central e sul do país. Quero conhecer
cada ponto desse lugar literalmente mágico. Quero descobrir novidades sobre
lendas e tradição também. Estou apaixonada pela Irlanda e acredito que o amor é
correspondido e a recíproca é verdadeira. Ainda não sei quanto tempo ficarei
por aqui. Mas uma coisa é certa: depois de conhecer a Irlanda, ela irá com você
para onde quer que você vá.
terça-feira, 7 de maio de 2013
Aprenda a ser só e nunca mais se sentirá sozinha
Esses dias me surpreendi
falando para duas amigas uma frase que me veio a cabeça no momento que
consolava elas: “aprenda a ser só e nunca mais se sentirá sozinha”. Realmente
acredito nisso. O problema é como aprender a ser só? Acho que essa vivência
fora do país nos ensina muito isso. Na verdade o que menos aprendemos fora é
outro idioma. Aprendemos bem mais a ser tolerantes, a calar, a respeitar, a
conviver com as diferenças e acho que por mais dolorido que seja, no fim, isso
é bom!
A cultura diferente, a
pressão financeira (para quem tem pouca grana) e a própria solidão são
probleminhas que em nosso coração são multiplicados por 10. A soma resulta numa
confusão de sentimentos que só falta matar o pobre do nosso coração. A boa
notícia é que os amigos, amores e felicidades também são multiplicados. Imagina
como seria sua reação ao saber que vai trabalhar todo fim de semana lavando
pratos... Aqui a sua reação é de alegria total, chegando a chorar e abraçar os
amigos de tanta emoção... Muito doido isso, né?
Quando cheguei em terras estrangeiras
me prometi não me acostumar e vivenciar uma verdadeira “lua de mel” com meu
novo lar para sempre. No início pensei que “tiraria isso de letra”. Mas na
realidade não é algo tão simples. Mas acho que estou tentando. Quando me vejo
triste ou desanimada olho ao meu redor e vejo o quanto estou sendo privilegiada
em poder acompanhar coisas tão lindas e diferentes tão de perto. Quando paro
para observar isso fico tão certa do caminho que escolhi que até penso em ficar
aqui para sempre.
Verdade seja dita, acho que
por mais habituados que possamos nos sentir, um ser criado em outro país nunca
se sentirá verdadeiramente parte de outro. Posso estar errada. Minha sensação
pode ser prematura. Mas pelo que andei conversando com os amigos que moram há
7, 8, 10, 20 anos fora do Brasil: “o que se sente é que nem sou mais daqui e
nem mais de lá, sou um ser sem chão e, às vezes, isso é confuso”.
Mas algo é certo: não
importa onde estamos, precisamos é ser feliz! Então se você é intercâmbista ou
gostaria de ser, aprenda a dar valor a cada amanhecer, a cada novo prédio ou
rua visto. Saia de casa todos os dias. Durma menos. Viva mais. Esse momento é
sempre único. Não desperdice sua vida e saúde com algo que não o faça alguém
melhor ou mais feliz. Boa viagem. Nos acompanhe também no blog: http://viverserfelizeviajar.blogspot.ie/
sábado, 4 de maio de 2013
Ideias que podem ser reaproveitadas
Viver ser feliz e viajar todo domingo no Jornal Gazeta do Oeste: http://www.gazetadooeste.com.br/edicao.php?data=2013-04-28 página virtual 17. |
Ao chegarmos ao continente
europeu percebemos rápido que a idade faz sim a diferença. Aqui na Europa, ao
contrário do que muitos pensam, também há problemas de logística da
administração pública, corrupção, pessoas não bem intencionadas, etc. Mas
realmente, se comparado ao padrão brasileiro, se tornam bem pequenas. Quase
inexistente. Mas o que podemos perceber é que os muitos anos já vividos
construíram uma realidade de base muito mais sólida do que a que estamos
acostumados na América do Norte. Percebemos aqui que desde a arquitetura,
costumes, moda, tudo é fruto de anos de experiências vividas.
Se comparado aos 500 anos do
Brasil, podemos chamar nossa pátria de adolescente diante da Europa. Por um
lado isso é bom. Estamos crescendo, construindo um futuro que poderá ser muito
bom. Somos cheios de vida e esperança no futuro. Por outro, não é tão
agradável, pois ainda somos imaturos para conquistarmos o que realmente
desejamos. Ao conversar com amigas brasileiras que também estão em intercâmbio
aqui na Irlanda, falávamos sobre o futuro do Brasil. Algumas diziam acreditar
em um futuro melhor. Já outras, mais pessimistas em relação ao futuro do nosso
país. Mas concordamos todas em um ponto: as reais melhorias serão colhidas por
gerações futuras.
Sem dúvidas, esse momento de
globalização também está modificando o Brasil e os Brasileiros. Aqueles que
estão viajando para outros países estão levando e trazendo cultura. Cada uma
dessas pessoas, as redes sociais conectadas pelo mundo todo, tudo modifica
nossa forma de comportamento e pensamento. Uma boa prova disso é a discussão do
casamento gay (até poucos anos impensável). Esse é um assunto em alta no mundo
todo.
O que me anima é que ainda temos
muitos brasileiros bem intencionados. Brasileiros que acreditam na educação.
Pessoas que investem uma vida toda para se qualificar. Esses trarão de diversos
lugares do mundo coisas boas para inspirar outros mais. E sempre há muito o que
conhecer (especialmente sobre nós, sobre nossa cultura e país). A cada lugar
novo que conheço, cada música ouvida, jornal, revista ou livro lido, tudo vira
vontade de construir algo parecido ou melhor em meu país.
E acho que assim é o coração de
todo brasileiro. Por mais que possamos saber o quanto é complicado modificar o
mundo (mesmo que só a nossa parte). Dentro de nossos corações sempre viverá
aquela vontade doida de ter um lugar melhor para viver. Pois na vida nada mais
importa do que ser feliz. E ninguém é feliz só. Vamos fazer a nossa parte já
que o futuro é de todos.
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Recomeçando meu intercâmbio
Página virtual 14 do Jornal Gazeta do Oeste: http://www.gazetadooeste.com.br/edicao.php?data=2013-04-21 |
Não é segredo para ninguém a minha profissão, minha formação
e meu “estilo de vida” quando morava em Mossoró. Mesmo não sendo rica, sempre
pude usufruir de uma vida confortável (apoio da minha família, casa e carro
próprio, festas, roupas, etc). A realidade que estou vivendo em Dublin
(Irlanda) é algo totalmente diferente. Aqui não tenho parentes, são raros os
conterrâneos, trabalho em “subemprego”,
não tenho mais meu carro e hoje conto como transporte apenas meus pés
(uma vez ou outra o ônibus) e bicicleta.
Quando chegamos em novas terras nos sentimos totalmente
livres nos primeiros momentos e acreditando que aquele é apenas o primeiro
porto de muitas viagens. Mas não demora muito para “cair a ficha” e perceber
que morar fora e viver em Euros (para quem ganha em reais) é muito complicado.
Tudo que antes parecia ao alcance das mãos passa a se tornar algo um pouco mais
longe. Viagens, compras e tudo mais são planos para um segundo momento.
Estou trabalhando na Irlanda, mas apenas 12h por semana.
Esse dinheiro é a quantidade que preciso para viver. Então, só posso gastar
apenas com o que seja relativo a estudar, ter um teto e comer. “Nada mais”. E
ninguém vive feliz sem esse “tudo mais”. Por isso resolvi modificar tudo. Morava
em um quarto com cama de casal só para mim. Agora estou numa casa com mais 5
pessoas e divido meu quarto com mais três. Entre elas uma outra Mayara, uma
Nayara (isso que chamo destino) e uma linda coreana chamada Hanna. Além delas,
temos mais dois meninos na mesma casa em um outro quarto.
Acabei meu namoro que já fazia 3 meses, comprei uma
bicicleta (agora quase não pego ônibus – só faço andar a pé e de bicicleta) e
também comecei uma dieta (agora só como frutas, verduras e coisas saudáveis.
Nada de pão e frituras). Agora eu pergunto junto com você: porque
tantas mudanças? Acho que no intercâmbio o que menos aprendemos é o outro
idioma. Aprendemos muito sobre relacionamento, nos conhecemos melhor, aprendemos
a dar valor ao que mais importa na vida
- em especial a nossa casa e nossa família.
Acho que recomecei novamente meu intercâmbio e a minha vida.
Mudanças chegaram e foram bem vindas. Espero que venham ainda mais. Se você
tiver o sonho ou objetivo de estudar fora se disponha a mudar muito e/ou tenha
muito (ponha bastante intensidade nesse muito) dinheiro para bancar isso. Vejo
mudanças em mim todos os dias. A cada amanhecer aqui vejo o mundo com olhos
menos preconceituoso e cada dia mais estou me desapegando a coisas que antes me
pareciam imprescindíveis para minha vida. E se é para recomeçar: que seja logo
e para mudar tudo – pois só não muda aquilo que não vive. Viva, mude para
melhor.
Um mundo melhor e um sofá para chamar de seu em cada canto do mundo
Se você é aventureiro (e até
quem não é) já sonhou em viajar o mundo todo. Em sonhos viajamos o mundo, mas
também, buscamos fazer novos amigos que pensam como nós. Imaginem conseguir
realizar isso tudo e ainda "descolar" hospedagem ou alimentação de graça! Bom
demais, né? Isso é possível e real. Estou falando do grupo mundialmente
conhecido como CouchSurfing. De
acordo com informações do wikipedia.org, o “Projecto CouchSurfing” (CS) é um serviço de hospitalidade com
base na Internet que em 2012 atingiu a marca de 1 milhão de membros em mais 180
países e territórios.
Participar da
criação de um mundo melhor, procurar ligar pessoas e lugares
internacionalmente, criar trocas educacionais, fomentar consciência coletiva,
espalhar a tolerância e o entendimento cultural são alguns dos objetivos do
grupo. Além de possibilitar um sofá disponível em diversas partes do mundo, claro!
Mas como fazer isso tudo viajando? Fácil. O grupo não se resume só a viagens.
Existe encontros reais e também momentos onde eles trocam informações
virtualmente. Formam verdadeiramente uma comunidade. Se você estuda outro
idioma, possivelmente, encontrará amigos da comunidade para conversar no Skype
também. Esse é o espírito dos integrantes!
“O CouchSurfing não é mobília, não é encontrar
alojamento gratuito por todo o mundo; é estabelecer ligações por todo o planeta.
Fazemos o mundo um lugar melhor abrindo as nossas portas, os nossos corações e
as nossas vidas. Abrimos as nossas mentes e damos as boas vindas à sabedoria
que a troca cultural oferece. Criamos ligações profundas e significativas que
cruzam oceanos, continentes e culturas. O CouchSurfing quer mudar não só a
maneira como viajamos mas também a maneira como nos relacionamos com o
mundo!", assim que os organizadores descrevem a comunidade.
O grupo foi iniciado em 1999,
por Casey Fenton, ao registrar o domínio couchsurfing.com. Hoje, 14 anos depois, podemos dizer que o
movimento está consolidado. Sem dúvidas a Europa é a região de mais facilidade
e opções de viagens. Mas o grupo atua também na América Latina e do Norte,
Continente Africano e Asiático. Se você se interessou pelo tema, busca no
google e no facebook “couchsurfing” que você
pode finalmente encontrar os amigos que sempre procurou e achava que nunca
teria oportunidade.
Sou cadastrada, mas não sou
atuante. Ainda. Conheço algumas pessoas que tiveram a oportunidade de passar a
virada do ano em viagens internacionais junto ao grupo. Elas me falaram muito
bem da experiência. Me interessei pela a ideia. Espero em breve participar de
algum movimento e quem sabe voltar a escrever sobre isso para vocês. Se tiver
informações ou experiências que deseje relatar, vão ao viverserfelizeviajar.blogspot.ie/ e
deixem sua opinião ou dúvida. Até a próxima viagem.
domingo, 31 de março de 2013
Vivendo a ideia de “super-mercado”
Leia também todo domingo no Jornal Gazeta do Oeste: http://www.gazetadooeste.com.br/edicao.php?data=2013-03-31 (página virtual 14). |
Quando eu ainda morava em
Mossoró, residia sozinha e era responsável por todos os afazeres de uma “dona
de casa”. Entre eles, a temida “ida ao supermercado”. No Brasil, seja em
Mossoró ou em outro lugar, não conseguimos fazer muita coisa no supermercado
com R$ 50 reais. Já aqui, no Reino Unido, encontramos algumas empresas que
comercializam produtos de alta qualidade a preços bem acessíveis. Não sei se
isso acontece em toda Europa. Acho que não. Mas isso faz a alegria de quem mora
“pelas bandas de cá”.
Entre as empresas mais
famosas temos: Tesco, Lidl, Aldi e Iceland. Para ter uma ideia, fazendo as compras
nesses lugares de produtos de melhores preços, conseguimos com R$ 50,00 fazer
compras para uso de uma semana. Com 50 euros é provável que possamos comer o
mês inteirinho e com qualidade. Lá encontramos de tudo um pouco: higiene, cesta
básica, frios, frutas, verduras, pães, biscoitos, chocolares e até móveis e
eletroeletrônicos.
Acredito que esse fator, aliado as diversas
possibilidades de transporte público, seja responsável pela permanência de muitos
brasileiros no Reino Unido. Somos muitos aqui. Ouvimos português o tempo todo e
em todo lugar. Gente que chegou há 7 anos, 4 anos ou 4 meses (como eu). Muitos
desses ainda sem saber se vão ou se ficam. A saudade da família, o calor
brasileiro (físico e humano), a cultura, a valorização de sua etnia e muitos
outros fatores te convidam a voltar para casa. Mas, a possibilidade de
crescimento e de qualidade de vida, te impede disso.
Quando eu ainda morava em minha querida Mossoró, tinha
que “visitar mainha por volta de meio dia”, todos os dias, ou o dinheiro não
dava para pagar as contas no fim do mês. E desde universitária eu já ganhava como graduada.
Aqui, trabalhando meio expediente, de segunda a quinta-feira, e como faxineira,
tenho um padrão de vida melhor.
Se penso em ficar aqui para sempre? Hoje sim. Não por
conta de dinheiro. Tenho outros motivos que hoje me prendem aqui (pode fazer
hummmm nessa hora). Mas na hora que penso em viver para sempre longe de todas
as minhas referências o coração bate forte. Não é fácil. Me deixa até triste.
Fora do Brasil não se valoriza o estrangeiro, como nós fazemos. É exatamente o
contrário. Primeiro eles. Eles precisam de tratamento prioritário e ter sempre
mais possibilidades. Depois o resto. É mais ou menos assim. Posso dizer uma
coisa hoje: não há lugar melhor que a nossa casa.
terça-feira, 26 de março de 2013
Como faço para trabalhar na Europa?
http://www.gazetadooeste.com.br/edicao.php?data=2013-03-24 página virtual número 15 |
Desde o meu primeiro texto
publicado no Jornal Gazeta do Oeste, tenho recebido perguntas sobre trabalho na Europa. Como
são? Como faço pra conseguir? É fácil? Precisa falar inglês? Então resolvi
falar um pouco mais sobre isso hoje e ajudar essas pessoas a tirar suas
dúvidas. Primeira coisa que precisa saber é: para viajar a turismo para a
Europa Brasileiro não precisa de visto e o “brazuca” pode passear por até 3
meses sem problemas. Depois de saber disso, vamos falar de outras duas
possibilidades de visto: de estudante e de trabalho.
O visto de trabalho é um processo
que deve ser iniciado pela empresa contratante. Ele é muito difícil. Primeiro
por ser ‘expensive’ (caro), depois porque a sua permanência fica diretamente
ligada a aquele emprego. As empresas só partem para esse tipo de visto em casos
de extrema necessidade.
Já o visto de estudante tem validade de um ano. Em cada
país da Europa existem procedimentos diferentes. Em alguns, o estudante pode
trabalhar, em outros não. Em outros lugares pode trabalhar, mas só poucas
horas. Aqui na Irlanda o estudante pode trabalhar 20h por semana no período de
aula e 40h por semana nas férias. Nossos cursos são organizados para terem 6 meses
de aula e seis meses de férias.
Trabalhar é possível aqui. Mas
neste momento não recomendaria a viagem para quem tem apenas esse foco:
trabalhar. O que você vai ganhar aqui como “faxineiro”, sem dúvidas será uma
boa recompensa em relação ao que ganha no Brasil e pode até pagar as suas
despesas. Mas não será mais que isso. E todo ano precisa renovar e pagar mais. E
o investimento para isso é bastante alto. Acredito que essa possibilidade de
trabalho seja algo que ajude apenas pessoas que querem estudar o inglês e não
tem possibilidade de ter um ‘paitrocinador’. Ou até aqueles intercâmbistas que
os pais pagam os custos e ele trabalha para conseguir viajar e comprar mais
aqui. Aos demais, não recomendo.
Primeiro porque trabalho esta bem
difícil na Europa toda. Para ter uma ideia, antes da crise, se pagava
normalmente em Dublin uma média de 15 euros a hora. Hoje pagam 8.65 na maior
parte dos estabelecimentos. Empresas que tinham 2 ou 3 funcionários para atuar
em uma área, hoje estão com apenas uma pessoa para fazer todo o serviço. Conheço
muita gente voltando para o Brasil por não conseguir emprego ou porque já
“tirou” o que tinha de tirar aqui e voltou ao seu país de origem para faturar
em reais. Sem contar que os cargos ‘melhorzinhos’ sempre dão preferência a europeus
ou quem tem visto permanente.
Nos tempos de hoje, qualquer
pessoa de classe média, que tenha finanças organizadas consegue realizar o
sonho de viver fora do seu país. Viajar nunca foi tão fácil para os
brasileiros. E se você se apaixonar por um europeu, também há a possibilidade de receber um
passaporte. Após dois anos morando junto a um namorado (a) que seja europeu é possível
entrar com um processo para conseguir a cidadania europeia. Se casar, o
processo corre mais veloz. Esses processos são válidos para casais hétero e
homossexuais. Com esse passaporte você passa a ter quase todos os direitos de
um Europeu. Vira cidadão daqui.
Se você sonha em morar um tempo
fora. Estudar. Trabalhar. Aproveita e procura mais informações na internet.
Nela não temos fronteiras e informação nunca é demais. Se tiver dúvidas podem
acessar também o meu blog viverserfelizeviajar.blogspot.ie/ e deixar seu
comentário ou enviar e-mail para viverserfelizeviajar@gmail.com.
Toda semana vou tentar abordar um assunto de interesse de todos. Fiquem bem e
até a próxima viagem.
sábado, 23 de março de 2013
Cruzeiro: uma opção!
Não gosto muito de ter que falar o nome da empresa. Mas não vejo outro jeito de fazer isso!
Mas quero deixar claro que não recebi nada para fazer essa publicação!!!
Queria falar sobre cruzeiros. Primeiro mostrar um vídeo que vai te deixar com água na boca (eu fiquei):
Ainda não sei explicar bem como isso funciona. Mas estou me informando e assim que tiver mais dados repasso aqui no blog. Também existe cruzeiro Brasil/Dublin!
Encontrem mais informações sobre o assunto em: http://www.royalcaribbean.ie/ ou https://www.facebook.com/groups/259105747446792/?fref=ts
Mas quero deixar claro que não recebi nada para fazer essa publicação!!!
Queria falar sobre cruzeiros. Primeiro mostrar um vídeo que vai te deixar com água na boca (eu fiquei):
Estou realmente pensando no caso de embarcar em uma viagem dessas. Primeiro por ser diferente. Depois por ser o melhor custo-benefício que existe! No valor da rota já é incluso alimentação e hospedagem (você dorme no navio). Com isso é possível você saber quanto vai gastar durante a viagem e não se preocupar em ficar comprando passagens para as diversas rotas...
Um cruzeiro desses, saindo de Dublin, percorrendo 3 diferentes países da Europa e em seguida indo para o Brasil, passando por Salvador, RJ e SP, sai por menos de 400 euros por pessoa. Os quartos são muito bons. Dentro do navio são apresentados show´s, tem piscina, academia e uma infinidade de opções para os dias em alto mar!
Só precisa ter muito cuidado com os objetos que desejar comprar ou trazer como bagagem. É sempre bom entrar em contato com a agência para deixar tudo acertadinho, pois não pode transportar vidros. E as agências informam que pode transportar quantos quilos de bagagem quiser sem pagar nada extra (diferente de avião e outros meios de transporte que possuem limite de peso), mas não explicam bem essa parte dos vidros.
Ainda não sei explicar bem como isso funciona. Mas estou me informando e assim que tiver mais dados repasso aqui no blog. Também existe cruzeiro Brasil/Dublin!
Encontrem mais informações sobre o assunto em: http://www.royalcaribbean.ie/ ou https://www.facebook.com/groups/259105747446792/?fref=ts
Dicas importantes que eu gostaria de ter gravado!
Eu amo You Tube (quem me conhece sabe disso)! Por isso sempre acabo achando vídeos bem interessantes. Encontrei o canal do ThiagoCupollillo (https://www.facebook.com/ThiagoCupollillo) e ele me pareceu uma pessoa bem coerente (às vezes irônico. Gosto também disso). Gostaria de compartilhar com vocês as dicas dele sobre intercâmbio também aqui na Irlanda:
Esse vídeo é sobre a vida nossa de cada dia. A imagem é ruim, mas o conteúdo vale a pena!
Esse outro é sobre compras aqui. Aqui em Dublin conseguimos comer com muita qualidade gastando pouquíssimo. Assistam ao vídeo e quando estiver aqui peça para algum amigo brasileiro o acompanhar nas primeiras compras. Isso pode salvar seu dinheiro!
sábado, 16 de março de 2013
Não basta dizer e saber que é bom... É preciso mostrar!
Vemos arte na Europa por todos os
lados que se possa olhar. Centenas de prédios aqui são mais antigos que a nossa
nação. As vitrines de lojas com nítidas influencias de movimentos artísticos e
extremamente convidativas, como também, nas ruas e calçadas da cidade,
apresentações de todas as naturezas. Em Dublin, o “palco” principal da cidade é
a rua. Artistas se cadastram para se apresentar nas calçadas da Grafton Street
e comprovar o seu talento. Não basta dizer que é bom. É preciso mostrar!
Em uma de minhas “andanças” por
aqui, conheci a banda Keywest (facebook.com/Keywestonline). Apesar de jovem, o
grupo possui uma carreira bastante invejável. Mais de 25 mil “curtidas” na
página do facebook, turnês internacionais, apresentações na mídia, contato com grandes gravadoras internacionais, etc. Mesmo
assim, continuam tocando na rua! Segundo eles, essa é uma oportunidade de
conseguir dinheiro para as viagens, vender os CD´s, mostrar o talento e “sobreviver”
de música.
Há muito tempo que vinha pensando
sobre a importância da arte viver verdadeiramente da arte. Coisa que no Brasil,
em especial em Mossoró, sabemos que é algo difícil de imaginar. Para qualquer
projeto artístico cultural que possamos pensar é necessário a participação de
patrocínio da iniciativa privada para “bancar”. Acho que os patrocínios ajudam,
mas precisamos de um formato melhor para o incentivo verdadeiro a arte. Nossos
talentos estão se perdendo por falta de opções e dificuldade de se qualificar.
Na Europa, os jovens entram em
contato com as manifestações artísticas ainda na barriga da mãe. São tantas
apresentações, uma facilidade extrema de acesso a escolas de arte e música, que
fica impossível não se “entender” e saber fazer parte dessa movimentação
artística. Vemos jovens que se conheceram na escola e se uniram para
construírem uma carreira artística invejável que, muitas vezes, eles acreditam
ser apenas um hobby.
Não sei se apresentar-se na rua é
a melhor saída para os nossos artistas. Mas sei que conheci no Brasil talentos
de alto potencial que precisavam ser mais valorizados. Não é algo fácil para se
resolver. Mas é necessário se pensar sobre o assunto.
Também chamo atenção para
a necessidade de amar o que se faz e suar para a conquista de uma carreira –
seja lá em que área for. Nada é fácil para ninguém. Então, vamos tentar
absolver o melhor das experiências externas. Para mim, só resta desejar boa
sorte aos artistas e amigos que desejam viver de arte e vamos mostrar mais o
nosso talento. E que um dia possamos vê a arte viver verdadeiramente de arte no Brasil.
Se você curtiu o texto e quer conhecer a banda Keywest, aproveita e confere o vídeo que gravei na Grafton Street quando vi os meninos se apresentando na rua:
vídeo com a banda Keywest na Grafton Street em Dublin
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