http://www.gazetadooeste.com.br/edicao.php?data=2013-03-24 página virtual número 15 |
Desde o meu primeiro texto
publicado no Jornal Gazeta do Oeste, tenho recebido perguntas sobre trabalho na Europa. Como
são? Como faço pra conseguir? É fácil? Precisa falar inglês? Então resolvi
falar um pouco mais sobre isso hoje e ajudar essas pessoas a tirar suas
dúvidas. Primeira coisa que precisa saber é: para viajar a turismo para a
Europa Brasileiro não precisa de visto e o “brazuca” pode passear por até 3
meses sem problemas. Depois de saber disso, vamos falar de outras duas
possibilidades de visto: de estudante e de trabalho.
O visto de trabalho é um processo
que deve ser iniciado pela empresa contratante. Ele é muito difícil. Primeiro
por ser ‘expensive’ (caro), depois porque a sua permanência fica diretamente
ligada a aquele emprego. As empresas só partem para esse tipo de visto em casos
de extrema necessidade.
Já o visto de estudante tem validade de um ano. Em cada
país da Europa existem procedimentos diferentes. Em alguns, o estudante pode
trabalhar, em outros não. Em outros lugares pode trabalhar, mas só poucas
horas. Aqui na Irlanda o estudante pode trabalhar 20h por semana no período de
aula e 40h por semana nas férias. Nossos cursos são organizados para terem 6 meses
de aula e seis meses de férias.
Trabalhar é possível aqui. Mas
neste momento não recomendaria a viagem para quem tem apenas esse foco:
trabalhar. O que você vai ganhar aqui como “faxineiro”, sem dúvidas será uma
boa recompensa em relação ao que ganha no Brasil e pode até pagar as suas
despesas. Mas não será mais que isso. E todo ano precisa renovar e pagar mais. E
o investimento para isso é bastante alto. Acredito que essa possibilidade de
trabalho seja algo que ajude apenas pessoas que querem estudar o inglês e não
tem possibilidade de ter um ‘paitrocinador’. Ou até aqueles intercâmbistas que
os pais pagam os custos e ele trabalha para conseguir viajar e comprar mais
aqui. Aos demais, não recomendo.
Primeiro porque trabalho esta bem
difícil na Europa toda. Para ter uma ideia, antes da crise, se pagava
normalmente em Dublin uma média de 15 euros a hora. Hoje pagam 8.65 na maior
parte dos estabelecimentos. Empresas que tinham 2 ou 3 funcionários para atuar
em uma área, hoje estão com apenas uma pessoa para fazer todo o serviço. Conheço
muita gente voltando para o Brasil por não conseguir emprego ou porque já
“tirou” o que tinha de tirar aqui e voltou ao seu país de origem para faturar
em reais. Sem contar que os cargos ‘melhorzinhos’ sempre dão preferência a europeus
ou quem tem visto permanente.
Nos tempos de hoje, qualquer
pessoa de classe média, que tenha finanças organizadas consegue realizar o
sonho de viver fora do seu país. Viajar nunca foi tão fácil para os
brasileiros. E se você se apaixonar por um europeu, também há a possibilidade de receber um
passaporte. Após dois anos morando junto a um namorado (a) que seja europeu é possível
entrar com um processo para conseguir a cidadania europeia. Se casar, o
processo corre mais veloz. Esses processos são válidos para casais hétero e
homossexuais. Com esse passaporte você passa a ter quase todos os direitos de
um Europeu. Vira cidadão daqui.
Se você sonha em morar um tempo
fora. Estudar. Trabalhar. Aproveita e procura mais informações na internet.
Nela não temos fronteiras e informação nunca é demais. Se tiver dúvidas podem
acessar também o meu blog viverserfelizeviajar.blogspot.ie/ e deixar seu
comentário ou enviar e-mail para viverserfelizeviajar@gmail.com.
Toda semana vou tentar abordar um assunto de interesse de todos. Fiquem bem e
até a próxima viagem.
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