Vemos arte na Europa por todos os
lados que se possa olhar. Centenas de prédios aqui são mais antigos que a nossa
nação. As vitrines de lojas com nítidas influencias de movimentos artísticos e
extremamente convidativas, como também, nas ruas e calçadas da cidade,
apresentações de todas as naturezas. Em Dublin, o “palco” principal da cidade é
a rua. Artistas se cadastram para se apresentar nas calçadas da Grafton Street
e comprovar o seu talento. Não basta dizer que é bom. É preciso mostrar!
Em uma de minhas “andanças” por
aqui, conheci a banda Keywest (facebook.com/Keywestonline). Apesar de jovem, o
grupo possui uma carreira bastante invejável. Mais de 25 mil “curtidas” na
página do facebook, turnês internacionais, apresentações na mídia, contato com grandes gravadoras internacionais, etc. Mesmo
assim, continuam tocando na rua! Segundo eles, essa é uma oportunidade de
conseguir dinheiro para as viagens, vender os CD´s, mostrar o talento e “sobreviver”
de música.
Há muito tempo que vinha pensando
sobre a importância da arte viver verdadeiramente da arte. Coisa que no Brasil,
em especial em Mossoró, sabemos que é algo difícil de imaginar. Para qualquer
projeto artístico cultural que possamos pensar é necessário a participação de
patrocínio da iniciativa privada para “bancar”. Acho que os patrocínios ajudam,
mas precisamos de um formato melhor para o incentivo verdadeiro a arte. Nossos
talentos estão se perdendo por falta de opções e dificuldade de se qualificar.
Na Europa, os jovens entram em
contato com as manifestações artísticas ainda na barriga da mãe. São tantas
apresentações, uma facilidade extrema de acesso a escolas de arte e música, que
fica impossível não se “entender” e saber fazer parte dessa movimentação
artística. Vemos jovens que se conheceram na escola e se uniram para
construírem uma carreira artística invejável que, muitas vezes, eles acreditam
ser apenas um hobby.
Não sei se apresentar-se na rua é
a melhor saída para os nossos artistas. Mas sei que conheci no Brasil talentos
de alto potencial que precisavam ser mais valorizados. Não é algo fácil para se
resolver. Mas é necessário se pensar sobre o assunto.
Também chamo atenção para
a necessidade de amar o que se faz e suar para a conquista de uma carreira –
seja lá em que área for. Nada é fácil para ninguém. Então, vamos tentar
absolver o melhor das experiências externas. Para mim, só resta desejar boa
sorte aos artistas e amigos que desejam viver de arte e vamos mostrar mais o
nosso talento. E que um dia possamos vê a arte viver verdadeiramente de arte no Brasil.
Se você curtiu o texto e quer conhecer a banda Keywest, aproveita e confere o vídeo que gravei na Grafton Street quando vi os meninos se apresentando na rua:
vídeo com a banda Keywest na Grafton Street em Dublin
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