sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O que é esse tal “intercâmbio”?



O que é o amor? Defina saudade! De onde surgimos? Tão complicado quanto responder essas questões é definir INTERCÂMBIO. Podemos até dizer que é algo quase impossível de se conseguir. Talvez, eu possa começar essa tentativa, de explicar o que é intercâmbio, falando sobre sonhos. Eu sempre tive o sonho de viajar o mundo. Sempre me vi falando muitos idiomas. Sempre soube que meu mundo não tinha território fixo. Possivelmente, por isso, eu tenha escolhido fazer um intercâmbio. Se você pensa assim como eu, corra em busca do que deseja – vale muito a pena! Mas o intercâmbio não são só flores...



Os primeiros momentos são, sem dúvidas, os mais difíceis. Nos primeiros dias você sente uma solidão estranha. Não é que você esteja sendo mal tratado ou ninguém queira conversar com você. É que é quase impossível conversar coisas abstratas com quem convive. É triste tentar se comunicar e não conseguir, pois seu inglês (ou outro idioma de onde esteja) não ajuda. Eu estou morando apenas com estrangeiros. São 2 poloneses, um coreano, um francês e uma espanhola. Eles são pessoas ótimas, mas mesmo assim, falar o que sente para os estrangeiros, fazer piadas, comer o que tem costume... Isso tudo é algo diferente em seu dia a dia e até algumas vezes impossível.



Por maior que seja seu dicionário, no dia a dia, a luta por tentar se expressar é angustiante. Mas calma, nem tudo são só dificuldades. Se é ruim tentar falar e não conseguir, pode ficar certo que se expressar certo dar um prazer atípico. Sem contar que essas situações te fazem registrar palavras, expressões e muita, muita história pra contar depois.

Um dia desses, eu senti o quanto ainda tenho coisas a aprender para me considerar fluente. Eu “rodei” muito para encontrar acetona. Não sabia como era em inglês e no dicionário do meu celular não tinha a tradução. Nesse momento a vontade que bate é de correr para perto de brasileiros para se sentir confortável e resolver logo o problema. Mas essa não é a melhor saída.

Até que pensei: se eu esquecesse o nome de uma coisa, como eu faria para conseguir! E saí perguntando as mulheres como era o nome daquela coisa de tirar a tinta da unha. Elas me olhavam como quem olha uma louca, mas me responderam e ao fim eu me senti muito bem. E duplamente! Primeiro por ter vencido sozinha mais uma dificuldade. E a segunda vez por ter finalmente achado minha acetona e poder fazer as unhas.

Fazer intercâmbio é isso: viver, ser feliz e viajar. Pois a felicidade não é algo concreto. Ela não nos espera. Ser feliz é sentir. Ser feliz é tentar loucamente conseguir ter prazer em viver. Pessoas inquietas às vezes sofrem e ficam angustiadas por acharem que nem sempre suas vidas estão como desejam. Mas para sermos realmente felizes basta estarmos vivos. E nada melhor para te deixar mais vivo que uma boa viagem. 


4 comentários:

  1. Mayara Amorim, parabéns pela coragem, pela determinação, pela ousadia. Sou fã de pessoas que assim como você vão à luta em busca da realização dos seus sonhos. SEJA MUITO FELIZ! Beijos!Mariza Pinto - mãe de André da Mata compositor-Mossoró/RN

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  2. sou mas feliz por meu caminho ter cruzado com o teu!!! vc è uma pessoa maravilhosa!

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  3. Olá Mariza, muitíssimo obrigada! Sabe que sou fã da sua família e do seu jeito doce e ao mesmo tempo reto de viver. Obrigada pelas palavras! Vindo de alguém como a senhora tem outro peso! Obrigada mesmo!

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  4. Keilla,

    Hoje posso chamar você, sem medo, de minha AMIGA. Obrigada pelo comentário e pela eterna torcida por mim. Beijos!

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