quinta-feira, 30 de maio de 2013

Socorro: fui furtada (roubada) fora do Brasil. E agora?!?!?!



Foi furtada ou roubada fora do seu país? Primeira coisa a dizer: tenha calma! Sua viagem ainda não acabou!
Eu fui furtada há algumas semanas (infelizmente). Tinha acabado de fazer uma viagem para a Irlanda do Norte (outro país) e guardei meu passaporte e visto na bolsa. Ao voltar fui a um pub com amigos (o lugar mais parecia um restaurante. Era vago e estávamos sentados à mesa no terceiro andar do prédio. Isso por volta das 20h). O ladrão aproveitou o momento que tirávamos uma foto para pegar a minha bolsa que estava entre a parede e eu.

Na foto vocês podem conferir o homem atrás de mim abaixado.
Estou postanto aqui esse fato não para amedrontar ninguém. Mas para alertar a todos que essas coisas acontecem sim. Mesmo na Europa. Comparado ao Brasil isso aqui é o paraíso. Mas roubos e furtos acontecem e precisamos ficar atentos para não passamos por esse péssimo momento.

Na luta pelos meus documentos perdido encontrei alguns links bem interessantes. O mais completo que achei foi o Manual do viajante onde você encontra tudo organizadamente. Muito bom mesmo. Vale a pena clicar e conferir.

Também encontrei o link irlandês lost.ie onde é possível deixar seu anúncio e também procurar informação de bolsas, carteiras e documentos encontrados.

A embaixada brasileira em Dublin também anuncia nomes dos documentos entregues lá (a pessoa tem até 90 dias para pegar pessoalmente seu documento. Depois, os documentos são enviados ao Brasil).

Além desses lugares, aqui na Irlanda, você pode procurar o POST OFFICER da Oconnel Street e a Garda (polícia local) e pedir informação sobre documento encontrados.

Os brasileiros também contam com a informação boca a boca que é rapidamente vista na comunidade do facebook: Classificados em Dublin.

A má notícia é: se não acharem sua GNIB, mesmo com o registro do furto, você deverá pagar mais 300 euros para retirar outro cartão de visto. Caso não queira, terá complicações para viagens internacionais e não conseguirá fazer nenhuma atualização do seu cadastro na imigração.

A garda na Irlanda realmente trabalha. Após 3 dias do furto que sofri fui encaminhada para um investigador que conseguiu identificar o ladrão. Mas, infelizmente, ele ainda não foi preso. Espero que esse meu final seja mais feliz. E claro que venho aqui contar a vocês!!!

:)

terça-feira, 21 de maio de 2013

Irlanda: meu caso de amor

Foto: No jardim do Malahide Castel


Sabe quando você é criança e sua mãe, tias e conhecidos mais velhos dizem “estude menino (a) ou você vai se arrepender depois”, ou quando você acaba o seu primeiro namorinho e sempre tem aquele que fala “vai passar. Um dia você vai rir desse momento”... Com o intercâmbio a sensação é parecida: só vivendo para entender. Por mais que se tente explicar o que é viver fora de seu país, se arriscar sozinha a desbravar o mundo, só quem vive essa experiência pode de verdade saber o real sentido desse momento. Sem contar que cada coração sente de maneiras e intensidades diferentes os momentos vividos.

Foto: Pub dentro da maior universidade do país - Trinity
Mas acredito que todos os intercambistas pensam igual em um ponto: vale muito a pena essa experiência. Em meu coração sinto como se esse momento que estou vivendo em Dublin fosse um divisor de águas em minha vida. Como se depois daqui fosse realmente possível começar uma vida: carreira, amores, família, etc. Costumo dizer que o aprendizado é tanto que o inglês é secundário diante de tantos ensinamentos. E se você também planeja vir para cá, vou tentar descrever um pouco do que acredito ser a Irlanda após seis meses de “relacionamento”.
Foto: Pode-se achar de tudo um pouco em brechó
Aqui todo dia é fim de semana, mas também é dia de estudar e aprender. Esse é o lugar onde o vento te conduz e te fala como deve se vestir. Todas as calçadas por onde ando são passarelas de estilistas excêntricos, e em algumas outras podemos encontrar verdadeiros palcos de talentos invejáveis (e dos mais variados). Posso acompanhar aqui todas as estações do ano e da moda. Também posso comprar de tudo um pouco, até coisinhas e roupas que foram da vovó (tudo que vier a sua cabeça você encontra em brechó).
Foto: Na Irlanda todo dia é carnaval 
A Irlanda é a Pasárgada dos brasileiros, mas do chão jorra batata e cerveja. Para os irlandeses tudo é festa, especialmente se o dia fizer sol. Pela estrada a fora você irá bem, sozinha ou acompanhada, nos mais lindos bosques que sua visão já conseguiu conhecer. Minha vida em Dublin é sempre quente, mesmo quando a temperatura é negativa. O céu Irlandês se emociona todo dia com a beleza que se mostra aqui... É tanta água que nem precisa pagar conta da água residencial. Uma cidade linda, cheia de lugares interessantes para conhecer e com facilidades incríveis para ser apresentada.
Meu plano no momento é desbravar toda a Irlanda. A parte Norte já conheço melhor que muito irlandês (Incluindo a Irlanda do Norte) e também boa porcentagem de pontos turísticos da capital irlandesa. Agora meu destino é a parte central e sul do país. Quero conhecer cada ponto desse lugar literalmente mágico. Quero descobrir novidades sobre lendas e tradição também. Estou apaixonada pela Irlanda e acredito que o amor é correspondido e a recíproca é verdadeira. Ainda não sei quanto tempo ficarei por aqui. Mas uma coisa é certa: depois de conhecer a Irlanda, ela irá com você para onde quer que você vá.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Coisas que só achamos em Dublin


Aprenda a ser só e nunca mais se sentirá sozinha



Esses dias me surpreendi falando para duas amigas uma frase que me veio a cabeça no momento que consolava elas: “aprenda a ser só e nunca mais se sentirá sozinha”. Realmente acredito nisso. O problema é como aprender a ser só? Acho que essa vivência fora do país nos ensina muito isso. Na verdade o que menos aprendemos fora é outro idioma. Aprendemos bem mais a ser tolerantes, a calar, a respeitar, a conviver com as diferenças e acho que por mais dolorido que seja, no fim, isso é bom!
A cultura diferente, a pressão financeira (para quem tem pouca grana) e a própria solidão são probleminhas que em nosso coração são multiplicados por 10. A soma resulta numa confusão de sentimentos que só falta matar o pobre do nosso coração. A boa notícia é que os amigos, amores e felicidades também são multiplicados. Imagina como seria sua reação ao saber que vai trabalhar todo fim de semana lavando pratos... Aqui a sua reação é de alegria total, chegando a chorar e abraçar os amigos de tanta emoção... Muito doido isso, né?

Quando cheguei em terras estrangeiras me prometi não me acostumar e vivenciar uma verdadeira “lua de mel” com meu novo lar para sempre. No início pensei que “tiraria isso de letra”. Mas na realidade não é algo tão simples. Mas acho que estou tentando. Quando me vejo triste ou desanimada olho ao meu redor e vejo o quanto estou sendo privilegiada em poder acompanhar coisas tão lindas e diferentes tão de perto. Quando paro para observar isso fico tão certa do caminho que escolhi que até penso em ficar aqui para sempre.


Verdade seja dita, acho que por mais habituados que possamos nos sentir, um ser criado em outro país nunca se sentirá verdadeiramente parte de outro. Posso estar errada. Minha sensação pode ser prematura. Mas pelo que andei conversando com os amigos que moram há 7, 8, 10, 20 anos fora do Brasil: “o que se sente é que nem sou mais daqui e nem mais de lá, sou um ser sem chão e, às vezes, isso é confuso”.

Mas algo é certo: não importa onde estamos, precisamos é ser feliz! Então se você é intercâmbista ou gostaria de ser, aprenda a dar valor a cada amanhecer, a cada novo prédio ou rua visto. Saia de casa todos os dias. Durma menos. Viva mais. Esse momento é sempre único. Não desperdice sua vida e saúde com algo que não o faça alguém melhor ou mais feliz. Boa viagem. Nos acompanhe também no blog: http://viverserfelizeviajar.blogspot.ie/

sábado, 4 de maio de 2013

Ideias que podem ser reaproveitadas

Viver ser feliz e viajar todo domingo no Jornal Gazeta do Oeste: http://www.gazetadooeste.com.br/edicao.php?data=2013-04-28 página virtual 17.

Ao chegarmos ao continente europeu percebemos rápido que a idade faz sim a diferença. Aqui na Europa, ao contrário do que muitos pensam, também há problemas de logística da administração pública, corrupção, pessoas não bem intencionadas, etc. Mas realmente, se comparado ao padrão brasileiro, se tornam bem pequenas. Quase inexistente. Mas o que podemos perceber é que os muitos anos já vividos construíram uma realidade de base muito mais sólida do que a que estamos acostumados na América do Norte. Percebemos aqui que desde a arquitetura, costumes, moda, tudo é fruto de anos de experiências vividas.
Se comparado aos 500 anos do Brasil, podemos chamar nossa pátria de adolescente diante da Europa. Por um lado isso é bom. Estamos crescendo, construindo um futuro que poderá ser muito bom. Somos cheios de vida e esperança no futuro. Por outro, não é tão agradável, pois ainda somos imaturos para conquistarmos o que realmente desejamos. Ao conversar com amigas brasileiras que também estão em intercâmbio aqui na Irlanda, falávamos sobre o futuro do Brasil. Algumas diziam acreditar em um futuro melhor. Já outras, mais pessimistas em relação ao futuro do nosso país. Mas concordamos todas em um ponto: as reais melhorias serão colhidas por gerações futuras.
Sem dúvidas, esse momento de globalização também está modificando o Brasil e os Brasileiros. Aqueles que estão viajando para outros países estão levando e trazendo cultura. Cada uma dessas pessoas, as redes sociais conectadas pelo mundo todo, tudo modifica nossa forma de comportamento e pensamento. Uma boa prova disso é a discussão do casamento gay (até poucos anos impensável). Esse é um assunto em alta no mundo todo.
O que me anima é que ainda temos muitos brasileiros bem intencionados. Brasileiros que acreditam na educação. Pessoas que investem uma vida toda para se qualificar. Esses trarão de diversos lugares do mundo coisas boas para inspirar outros mais. E sempre há muito o que conhecer (especialmente sobre nós, sobre nossa cultura e país). A cada lugar novo que conheço, cada música ouvida, jornal, revista ou livro lido, tudo vira vontade de construir algo parecido ou melhor em meu país.
E acho que assim é o coração de todo brasileiro. Por mais que possamos saber o quanto é complicado modificar o mundo (mesmo que só a nossa parte). Dentro de nossos corações sempre viverá aquela vontade doida de ter um lugar melhor para viver. Pois na vida nada mais importa do que ser feliz. E ninguém é feliz só. Vamos fazer a nossa parte já que o futuro é de todos.